Retinopatia Diabética – IPEPO – Instituto da Visão

Retinopatia Diabética

Nesse tempo de crise pelo CORONAVÍRUS algumas sugestões

  1. PROCURAR MANTER A GLICEMIA ESTÁVEL E O MAIS PRÓXIMO POSSÍVEL DO NORMAL
  2. VARIAÇÃO DA VISÃO DURANTE O DIA PODE SIGNIFICAR GRANDE DESCONTROLE DA GLICEMIA.
  3. A CHANCE DE COMPLICAÇÕES COM O CORONA VÍRUS É GRANDE E O ATRASO NO TRATAMENTO COM INJEÇÕES OU LASER PODEM AGUARDAR POR ATÉ 3 MESES SEM COMPROMETER O RESULTADO FINAL.
  4. MANTER MEDICAÇÕES PRESCRITAS ATÉ O RETORNO OU CONFORME ORIENTAÇÃO MÉDICA
  5. EM CASO DE DUVIDA LIGUE PARA UMA CONVERSA E OBTER INFORMAÇÕES

Temos grande apreço a nossa visão, afinal 80% da nossa relação com o mundo ocorre através dos olhos. Nas pessoas com diabetes os problemas vão desde simples variação da refração (grau de óculos) até perda da capacidade de enxergar. Dos estímulos que levam as complicações do diabetes, a hiperglicemia é o principal estímulo que podemos controlar. Esse importante fator é melhor representado pelo exame de sangue de hemoglobina glicada, exame obrigatório, sendo o resultado abaixo de 6,5% o ideal e abaixo de 7,0% aceitável.

O autocuidado com a glicemia. Para uma vida saudável livre de complicações o importante é termos um indicativo da variação da glicemia. Naqueles que utilizam apenas medicamento orais ou insulina basal basta a glicemia de jejum , possivelmente a de menor valor, e a de 2 horas da maior refeição do dia, provavelmente a de maior resultado; com a diferença da frequência diária nos usuários de insulina e 2-4 vezes por semana naqueles que utilizam apenas medicação oral. Pessoas que aplicam insulina mais de uma vez ao dia será necessário medidas diárias da a glicemia de jejum e testes antes do almoço e janta. O resultado é considerado satisfatório entre 80 a 126 mg/dl no jejum e até 180mg/dl nos mensais. Com estes parâmetros a chance do exame de Hemoglobina Glicada estar abaixo de 7,0% é grande, sendo a glicemia considerada aceitável pelo corpo, sem causar lesões. Estes parâmetros podem ser individualizados no caso de muitas comorbidades (outras doenças ao mesmo tempo) e pessoas mais idosas.

No olho quase todas as suas estruturas sofrem alterações com glicemia elevada. Destas alterações destacamos pela sua frequência e gravidade:

Erros refrativos (Grau dos Óculos):

As imagens para serem nítidas têm de estar focalizadas na parede posterior do olho. Quando isso não ocorre chamamos de erro refrativo. Conforme a posição do foco, são chamados de miopia (antes da parede), hipermetropia (depois da parede) e astigmatismo (focados em mais de um plano). A hiperglicemia provoca aumento da convergência da luz dentro dos olhos, fazendo com que o foco ocorra antes, desfocando as imagens, a chamada miopização. Esse é o motivo das variações de visão durante o decorrer do dia quando o diabetes está fora do controle. Portanto é aconselhável trocar os óculos apenas quando a glicemia estiver estável (de preferência verificada pela hemoglobina glicada a baixo de 7,0%).

Retinopatia diabética: a retina é o revestimento interno do globo ocular onde a luz é transformada no estímulo neural. Em apenas uma pequena área da retina (5% do total) temos a capacidade máxima para enxergar com nitidez, que é chamada de mácula. Enquanto as alterações do diabetes não atingirem a região da mácula, os sintomas da doença são mínimos, podendo coexistir casos avançados da doença com nenhuma ou pouca diminuição da visão.

Para não corrermos este risco, uma vez ao ano é necessário um exame com as pupilas dilatadas. Este exame pode ser diretamente com o médico usando a oftalmoscopia indireta (também chamada de mapeamento de retina) ou fotografado sendo chamado de retinografia.

A ocorrência de retinopatia é muito comum nos portadores de diabetes, podendo chegar a atingir 90% das pessoas com 15 anos ou mais da doença. A diferença entre causar ou não baixa de visão está no controle clínico do diabetes e na realização periódica de exames preventivos. Quanto melhor e mais estável o controle da diabetes, menor a possibilidade da retinopatia causar baixa de visão.

Diferentemente de outras doenças onde quanto mais próximo do ideal, maior é o esforço que temos que fazer, na diabetes ocorre o contrário, quanto mais próximo da glicemia ideal, mais fácil será chegar a esta meta. Grande parte do controle da glicemia está ligada a educação, que significa mudança de habito baseada no conhecimento. Estamos acostumados a mudar o que nos incomoda, a hiperglicemia não incomoda. Vamos mudar este costume conhecendo e medindo, não sentindo o diabetes.


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